Ebinho Cardoso é um virtuose em seu instrumento. Pela singularidade de sua música e técnica é um dos mais respeitados baixistas brasileiros da nova geração já alcançando projeção internacional. Lançou em 2009 o álbum “No rastro dos ruídos remotos das rodas da infância” pela gravadora Inglesa CURVE Music, o DVD aula “Técnicas alternativas para baixo elétrico” pela editora HMP e o livro “Harmonia e dicionário de acordes para baixo elétrico” e seu mais recente trabalho, o álbum “Cerrado”. Vem se apresentando por todo o Brasil em festivais de jazz e música instrumental, além de projetos importantes como o Pixinguinha, Amazônia das Artes, SESC Instrumental, Circular Brasil, Cover Baixo, Baixo Brasil entre outros. Sempre reverenciado por onde passa como “a mais nova revelação brasileira do contrabaixo”.
A convite de Jim Stinett se apresentará em junho de 2010 no New Hampshire Bass Fest, nos Estados Unidos. Ebinho já atuou em gravações ou shows ao lado de grandes artistas como Hamilton de Holanda, Renato Braz, Nelson Faria, Arthur Maia, Milton Guedes, Celso Pixinga e muitos outros.
A Matéria intitulada As novas revelações do baixo brasileiro (Revista Cover Baixo – fevereiro de 2007) diz: ¨Ebinho Cardoso pode redefinir o papel dos graves na música brasileira¨. É com esse norte que o pesquisador abre uma porta para a nova escola do contrabaixo brasileiro.
Show Cerrado
Para mostrar sua música ao público no mais alto grau de qualidade e inovação foi criado “Cerrado”, show de lançamento do seu mais recente álbum, gravado com o apoio da FUNARTE (Projeto Pixinguinha), onde o músico, depois de anos colocando no papel o passo a passo do funcionamento e o caminho de como tocar harmonia no baixo, supera as barreiras de dificuldade de execução do instrumento e traduz a sonoridade do Cerrado Brasileiro.
O Projeto Cerrado pretende estreitar a distância da sociedade com a música instrumental e a história da música da região do Cerrado. A idéia da atenção voltada à música do cerrado, é também mostrar esta riqueza da região, que vai além da ecologia tão em voga nos últimos tempos. Este ambiente cria uma linguagem musical diferente da urbana, sendo as composições fruto da vivência, da experiência, da alma. O cerrado brasileiro guarda riquezas que muitos admiram, mas poucos sabem que é de sua origem. Em vários estados cobertos pelo cerrado, se ouve a voz dos índios, dos remanescentes dos quilombos e seus ritmos, da viola caipira, do sertanejo, mas também por ser terra de encontro de culturas de todas as partes do país e do mundo, soma-se o choro, o samba, o baião, o forró, o jazz trazido de fora do país, com seus improvisos e bem incorporado em nossa música instrumental de forma enriquecedora, formam o som do Cerrado. Esta é a realidade, porém a própria população local desconhece este contexto. Existe uma percepção da linguagem instrumental como elitista e a música do centro do país como supostamente caipira. Desta forma, ambas ficam restritas, à primeira requerendo uma formação ou construção de um gosto pela música, e à segunda um conceito de música pobre e sem muitos recursos.
Com o show Cerrado, tais pressupostos tendem a serem derrubados, à medida que a cultura de uma nova música da região torna-se acessível subvertendo rituais de escuta herdados. O show Cerrado, com uma formação inusitada com baixo elétrico, baixo acústico, piano e bateria, e um repertório totalmente composto por músicas com raízes na região e sofisticação nos arranjos e harmonia, mostrará uma nova linguagem musical, contemporânea, de fácil assimilação pelo público, e não só apreciada a uma elite musical. Uma compreensão e diálogo com a própria história contada através da música, corroborada pela interação com os músicos e compositores, enriquecem de forma precisa o trabalho musical e permitem registros que poderão servir como referência a gerações futuras, contribuindo para a memória musical do país.
No show Cerrado Ebinho Cardoso apresenta-se com Jhon Stuart (baixo acústico), Alex Teixeira (bateria) e Igor Mariano (piano), além da participação especial de Sidnei Duarte (guitarra) e Maurício Detoni (voz).
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